quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Futuro incerto


O que você quer ser quando crescer?”, era a pergunta frequentemente feita à mim em minha infância. Naqueles tempos, eu respondia sem hesitação ou medo de ser julgada. Hoje a pergunta mudou um pouco. Hoje, perguntam: “Que curso vai fazer?” ou então: “Que profissão vai seguir?”. Mas agora a história é diferente. Você não pode responder qualquer coisa, não pode brincar de ser gente grande como fazia na infância. Você tem que dar uma resposta concreta, convicta. Mas eu ainda estou muito confusa e não posso simplesmente responder que ainda não sei. Eu preciso saber. Tenho que traçar minhas metas, porém eu mal sei aonde quero chegar. Às vezes dizem que isso é normal na minha idade. Às vezes dizem que eu já deveria ter me decidido há muito tempo. A verdade é que eu já não sei mais o que pensar. Parece que nenhuma opção me satisfaz e começo a achar que não sou boa em nada. Vejo as pessoas animadas com aquilo que escolheram enquanto eu vou ficando para trás. Será que eu não posso voltar no tempo quando tudo era mais fácil? Não quero crescer. Crescer dói. Muita coisa é deixada para trás. Estou ficando assustada vendo o tempo passar tão rápido e a indecisão rodeando minha mente. Acho que essa indecisão toda é por causa de uma certa mania que eu tenho de querer acertar na primeira tentativa. Não gosto de errar. Não gosto de saber que escolhi o caminho errado e terei que começar tudo outra vez. E eu queria que fosse mais fácil. Queria ter um motivo pelo qual lutar, mas tenho a sensação de que estou andando sem destino algum, atrás de algo que eu não sei o que é. Está tudo muito confuso e incerto. Só queria que as coisas se ajeitassem para pelo menos eu poder responder de cabeça erguida às perguntas sobre o meu futuro.

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