Cada vez que te escrevo, desejo que seja a última. E realmente tento parar de te dedicar tantos escritos, já que tu nem sequer irá lê-los algum dia. Porém, quando estou sozinha e lembro das tuas caretas, dos teus cacoetes e da tua doce voz, é impossível controlar a vontade de escrever para ti. Escrever-te para dizer que ainda lembro de tudo perfeitamente. Lembro da tua conversa despreocupada. Teu humor, que em três anos, nunca vi abalado. Tua persistência e tuas metas que me serviam de exemplo. Teu jeito de sorrir, exibindo aquelas tão lindas covinhas. Teu modo gentil e carinhoso de tratar as pessoas. Tua mania de sempre estar fazendo barulho com as mãos, como se o silêncio o incomodasse. Tua calma. Teu dom de fazer as pessoas sorrirem com facilidade. Tua forma de encarar o mundo. Teu êxito em alcançar a perfeição em tudo que fazes, mesmo que sem intenção. Detalhes que algumas pessoas nunca conseguiram perceber em ti, mas que para mim eram muito importantes, porque, afinal, eles fazem parte de ti. A junção deles forma a pessoa maravilhosa que tu és. E escrevo-te na tentativa de eternizar essas lembranças. Escrevo-te na esperança que leias esses rabiscos algum dia e percebas que ninguém já te amou como eu amei. Escrevo-te para alimentar a ilusão de que ainda não te perdi, e que irás responder-me. Tenho a sensação de que nunca conseguirei parar de te escrever, considerando a quantidade de coisas que ainda me falta dizer (ou melhor, escrever). Mesmo assim, espero que essa seja a última vez que te dedico minhas palavras - mas garanto que não será.
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