sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Depois que ele apareceu

      

              Às vezes, em meio ao caos do dia a dia, fazemos escolhas que não sabemos a que nos levarão. E essas escolhas podem nos fazer encontrar algo maravilhoso no meio do caminho.
         Ele foi chegando de mansinho. Entre sorrisos e brincadeiras, foi me salvando da rotina e dos problemas que eu andava enfrentando. Ele pegou minha mão e me mostrou o lado bom de se viver. Por causa dele, amo ainda mais tocar meu violão. Por causa dele, tenho um motivo a mais para sorrir. Por causa dele, agora caminho acompanhada porque ele está sempre ali, me oferecendo um ombro amigo e um sorriso lindo. 
         Ainda não sei se prefiro ouvi-lo ou se prefiro falar e assisti-lo me ouvindo atentamente. O mais estranho e engraçado nisso tudo é como nossa conversa flui naturalmente. Passei a minha vida inteira tendo uma dificuldade enorme em falar com as pessoas, e esse é o motivo pelo qual sempre tive poucos amigos. É como se existisse um grande muro que me separasse de todas as outras pessoas só por elas conseguirem conversar umas com as outras e eu não. E de repente aparece ele, como quem não quer nada, e derruba esse muro com uma facilidade impressionante, tirando essas palavras da minha boca como se elas estivessem sempre ali, esperando por alguém que me passasse segurança suficiente para que eu pudesse dizê-las. Ou seja, não posso perder alguém assim. Alguém com quem eu consigo me abrir e falar sobre vários assuntos sem problemas. Alguém que apenas tocando e cantando uma música qualquer já faz eu me sentir leve e feliz, como se as minhas preocupações e dramas decidissem passear fora da minha cabeça por um tempo.
          Olha, eu não sei o que ele tem para ter conseguido ganhar minha confiança assim tão fácil e se tornado tão importante. Quem sabe tenha sido aquele jeitinho brincalhão ou aquela mania de querer me agradar, ou talvez a preocupação dele comigo. Só consigo pensar em como tudo parece certo e melhor quando estou com ele. Ele é o meu melhor amigo, e não consigo me lembrar de como eu aguentava o mundo sem nunca ter ouvido aquela risada despreocupada.

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